Luís Ferreira Alves

Luis Ferreira Alves (1938 – 2022). Seccionista activo do Cineclube do Porto, nos idos de 50, co-fundador da Secção de Formato Reduzido e Cinema Experimental, fez parte da equipa que realizou o documentário “Auto da Floripes”. Em 1962 foi preso pela PIDE e julgado no Tribunal Plenário do Porto, tendo sido compulsivamente afastado do Banco Ferreira Alves & Pinto Leite onde até então trabalhava junto de seu pai. Exerceu então variadíssimas actividades comerciais que lhe deixaram pouco tempo para os seus projectos pessoais.
No início dos anos 80 retomou, como amador, intensa actividade fotográfica, sendo de registar a exposição em colaboração com Gabriela Ribeiro sobre o teatro independente “Fotografia de Cena” na Árvore onde também expôs mais tarde uma grande série de imagens subordinados ao tema da destruição urbana da cidade do Porto – “Em busca da cor perdida”. Em 1983 e como consequência dessa actividade foi convidado pelo seu amigo Arq.º Pedro Ramalho a apresentar num seminário da Escola Superior de Belas Artes do Porto um diaporama sobre a sua obra arquitectónica; foi esse o ponto de partida para a sua actividade como fotógrafo profissional.
Especializou-se na fotografia de arquitectura, património e território sendo publicado regularmente em revistas de todo o mundo. Colaborou intimamente com arquitectos da chamada Escola do Porto nomeadamente Eduardo Souto Moura cuja obra tem sistematicamente acompanhado.
Realizador de vídeos de arquitectura e culturais, tem dezenas de livros editados e realizado inúmeras exposições, algumas delas em co-autoria, dentro e fora do país.
Foi-lhe atribuído a 8 de Outubro de 2013, em Lisboa, o título de Membro Honorário da Ordem dos Arquitectos.
Em Julho de 2015 foi agraciado pela Câmara Municipal do Porto com a Medalha Municipal de Mérito – Grau Ouro.
Em 2016 publicou um livro sobre a sua longa colaboração com Eduardo Souto de Moura com o título: “Luis Ferreira Alves – Fotografias em Obras de Eduardo Souto de Moura”.